a) – Liderança impulsora do projeto
b) – Estrutura partidária para sustentação
c) – Planejamento estratégico
d) – Execução/campanha eleitoral.
a) – LIDERANÇA IMPULSORA DO PROJETO POLÍTICO
Com a proximidade do ano de 2012, ano de eleição municipal, o foco se volta então para estas eleições. Portanto, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. São estes os cargos que serão disputados e para tanto, necessário se faz que nas comunidades, pequenas, médias ou grandes cidades, os líderes se apresentem como potenciais candidatos aos cargos pretendidos. Identificadas as lideranças, destaca-se aí o candidato ao cargo majoritário e aos demais. O grande desafio será identificar e tornar esse líder, o candidato que envergue um projeto sustentável e possível de vitória no pleito que se avizinha.
A liderança capaz de impulsionar uma candidatura vitoriosa, já identificada e disposta à disputa, deve então analisar intimamente, pessoalmente e no seio familiar a incorporação do projeto político. É preciso alavancar um projeto todo minucioso, dinâmico e planejado que viabilize o sucesso da candidatura.
A liderança impulsora do projeto político é o candidato. É esta liderança que vai inspirar a atração do objetivo principal: o voto popular!
Traçar um perfil desta liderança nem é necessário, visto que, para de fato ser vencedora, precisa trazer, entre todos os adjetivos, a principal qualidade: ser nata. As candidaturas vindas naturalmente do anseio popular são as mais fáceis de conduzir.
CANDIDATURAS NATAS OU NATURAIS
Aqueles líderes apontados naturalmente pela opinião popular são candidatos potenciais. Necessariamente que não precisam estar no topo das pesquisas, mas que podem ser trabalhadas, vistos que estão na lembrança da população e são citadas nas conversas políticas. Candidaturas natas são aquelas legitimadas pela preferência popular. O líder político que se apresenta para o embate eleitoral, certamente que já se qualifica neste contexto, por isso naturalmente vislumbra a possibilidade de encarnar a candidatura seja a prefeito, vice-prefeito ou a vereador e precisa agora impulsionar este projeto que será coroado de pleno êxito.
CANDIDATURAS REVELADAS
São pessoas que exercem liderança no meio em que convive, seja círculo familiar, na comunidade, ambiente de trabalho, ou segmentos, como estudantil, comunitário, classista, religioso, etc. Essas pessoas, com a proximidade das eleições, despertam interesse pela disputa se tornando grandes revelações e surpresas nos pleitos eleitorais.
b) – ESTRUTURA PARTIDÁRIA PARA SUSTENTAÇÃO DO PROJETO ELEITORAL.
Toda candidatura necessita de uma estrutura partidária para a sua sustentação, obviamente porque são os partidos que lançam as candidaturas. É através dos partidos que se registra uma candidatura e se faz uma campanha eleitoral. Então primeiro, o candidato precisa ter o apoio partidário, depois uma estrutura mínima para a campanha. Mas, a relação partido/projeto político, na prática, inicia-se em setembro, quando se articula as filiações no prazo final estabelecido pelo calendário eleitoral: um ano antes do pleito. Depois os partidos virão a atuar mais de perto no período pré-convencional, lá para abril e maio, já que as convenções são previstas para junho e a campanha eleitoral liberada para julho, agosto e setembro. Fora isso, os se perdem em meio a uma estrutura mínima e se transformam uma espécie de departamento englobado no bojo de todo o processo eleitoral. Mas são os partidos que respondem juridicamente e legalmente pala campanha eleitoral e às vezes pelas candidaturas.
Uma estrutura mínima precisa começar a ser formatada e é composta de: partido, grupo de apoiadores, equipe de trabalho e assessoria.
c) – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O principal ponto de apoio para uma candidatura é o seu planejamento estratégico. O planejamento começa antes mesmo da decisão pela candidatura. Primeiro é preciso analisar o potencial da candidatura, a sua viabilização, aglutinação e sustentabilidade. Feito isso e tomada a decisão, aí então virão os passos seguintes, entre eles, a pesquisa qualitativa, proposta eleitoral e campanha eleitoral. A pesquisa qualitativa possibilitará a apresentação de uma proposta eleitoral consistente que fará eficiente a campanha eleitoral para que vença as eleições. Trata-se de uma equação, simples e certeira. É só executá-la, com determinação e eficiência.
PESQUISA QUALITATIVA
A Pesquisa Eleitoral Qualitativa procura descobrir o que vai ao encontro dos interesses do eleitor, identificando as suas necessidades, seus desejos e seus valores. Com isso, o candidato pode desenvolver estratégias com uma margem de erro muito menor.
Numa campanha eleitoral, devem ser pesquisados o tamanho do eleitorado e a sua segmentação, o que qualifica o eleitor, o potencial deste mercado com base em padrões históricos de voto, a opinião dos eleitores em torno de assuntos importantes e sobre posições assumidas.
O resultado da pesquisa pode determinar o próprio conteúdo da mensagem do candidato, bem como formas seguras de direcionamento da campanha.
A pesquisa qualitativa é para consumo interno e de caráter sigiloso, não é divulgada e serve para o planejamento das ações do candidato e da coordenação da campanha. Uma pesquisa qualitativa eficiente precisa ser realizada, se possível, logo no inicio do calendário eleitoral, um ano antes das eleições, mensalmente e depois, já na campanha eleitoral, em períodos cada vez menores, chegado mesmo a ser realizada diariamente, conforme a necessidade e o calor da campanha. A pesquisa qualitativa não necessita de registro nem qualquer oficialização e se desenvolve segundo o interesse do planejamento em execução.
Alguns recursos financeiros gastos nas pesquisas qualitativas são banais face à economia conseguida no direcionamento eficiente dos gastos em geral da campanha. Este tipo de pesquisa sonda o andamento da campanha mostrando setores onde há necessidade ou não de despesas e gastos, bem como de economias. Na atualidade, onde recursos tecnológicos e de comunicação são as grandes ferramentas profissionais, torna-se inadmissível a execução de uma campanha às cegas.
OS OLHOS DO CANDIDATO
O candidato precisa se municiar de informações diversas sobre o terreno onde pisar de forma a evitar algum tropeço. Essas informações chegam de diversas formas, tanto ao candidato como aos adversários, através de conhecimento próprio, relatos de assessores e companheiros, imprensa etc. Muitas vezes essas informações chegam distorcidas pelo desejo de agrado ou temor ao desânimo. Mas chegam de forma real e verdadeira, através de uma sondagem de origem idônea, colhidas no sigilo e confiança da imparcialidade de uma pesquisa qualitativa e investigativa. O entrevistado não sabe a origem da pesquisa, muitas vezes sequer conhece o objetivo da mesma, portanto é induzido a falar realmente o seu sentimento e conhecimento, ser transparente nas respostas e dessa forma mostrar o seu desejo verdadeiro. Esse desejo verdadeiro será encorpado às propostas do candidato, o que, naturalmente, atrairá o seu manifesto através do voto.
É desnecessário observar que, algum candidato, às escuras sem nenhuma pesquisa confiável para assessoramento nas informações, às vezes se surpreende com o crescimento do adversário sobre suas bases eleitorais, descobrindo tardiamente que o mesmo usa de pesquisas qualitativas eficientes no planejamento da campanha.
As pesquisas eleitorais qualitativas são os olhos do candidato e o guia na condução da campanha. São elas que mostram detalhes que fogem do alcance dos olhos e possibilitam o avanço por caminhos desconhecidos, de forma segura e eficiente.
PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA
Existe uma grande diferença entre pesquisa qualitativa e pesquisa de opinião pública. Se a primeira são os olhos do candidato, a segunda é a vitrine do mesmo.
A pesquisa de opinião pública é usada, muitas vezes, para manipular, induzir, confundir o eleitorado. Nenhum candidato que encomende uma pesquisa, estando mal situado, faz a divulgação do resultado. Se o fizesse, seria caixão mesmo, estaria sepultada a sua candidatura. Algum candidato divulga pesquisas com a intenção de alavancar a candidatura, mas mostrando sempre números bons para si. Outros divulgam pesquisas com o adversário potencial em pior situação, a fim de sabotar a candidatura. Em fim, são inúmeros os casos de erros gritantes por parte de institutos de renome por estes e outros motivos, todos em defesa de interesses dos contratantes. Aproveitam-se do eleitor que exercita o voto útil. São meras estratégias eleitorais, ilegais ou não, mas que sempre são praticadas.
Lógico que veículos de comunicação ou entidades representativas privadas, fazem a encomenda e divulgação de pesquisas sérias e verdadeiras.
Essas pesquisas eleitorais de opinião pública devem ter registros para serem divulgadas, e só são aconselháveis para casos em que realmente a candidatura esteja na liderança durante a campanha eleitoral. Já a pesquisa qualitativa, deve ser feita em qualquer situação, tanto na liderança ou não, já que serve para planejamento de uma candidatura em queda, crescimento e principalmente, manutenção de uma posição confortável na dianteira.
PROPOSTA ELEITORAL – PLANO DE GOVERNO
Já ficou entendido que a pesquisa qualitativa irá possibilitar a formatação de um Plano de Governo bem próximo da realidade vivida pelo eleitor, e, portanto, segundo o seu anseio. Esse plano de governo será apresentado ao eleitorado durante a campanha durante todas as formas de comunicação: escrita e falada. Os comícios, reuniões, entrevistas, som volante, horário de rádio, cabos eleitorais, panfletos, enfim, todos os meios disponíveis, conterão tópicos das propostas e idéias defendidas no Plano de Governo. É preciso existir um laço íntimo de ligação entre o eleitorado e esse plano. Essa cumplicidade entre ambos, mesmo que inconsciente, será elo primordial na corrente que amarrará a vitória final na eleição do candidato.
O conhecimento que o candidato e sua assessoria exercem sobre a realidade do eleitorado e da cidade, complementado por informações coletadas através da pesquisa qualitativa, e também através de reuniões comunitárias, é que possibilitará essa interação entre a proposta e o seu sufrágio pelo voto popular.
Claro que um Plano de Governo nunca fecha, ele está em discussão na campanha eleitoral. É durante a campanha que o candidato tem maior contato com a população e ouve o anseio popular. Na campanha o candidato fala suas idéias e ouve opinião, sugestões etc. Daí a importância de conhecer previamente, através de pesquisas, os pontos mais importantes do desejo do eleitor, e falar, digamos assim, a mesma língua do eleitor visitado, o que mostrará uma afinidade de idéias. O eleitor vota no candidato que mais se identifica com a sua realidade e até mesmo com ele, com o que pensa. São formas rápidas de se adquirir confiança, cumplicidade e companheirismo, a afinidade de idéias e o conhecimento da realidade.
O Plano de Governo deve ser apresentado, por completo, em momento oportuno da campanha. Acontece às vezes, de nem ser apresentado, apenas tópicos e resumos. Mas toda candidatura tem de ter um Plano de Governo. Já imaginou se for preciso, em determinado momento da campanha, apresentar um plano e este não existir? Seria possível confeccioná-lo na correria e de última hora? Seria um risco muito grande querer abstrair um componente fundamental da campanha eleitoral como é o Plano de Governo, Proposta de Governo, Plano de Gestão, Plano de Metas, seja lá o nome que queira dar.
d) – Campanha Eleitoral
Decidido pela candidatura, feito o planejamento, montado uma estrutura mínima, chega o momento de colocar a campanha eleitoral nas ruas, é hora de buscar o voto e vencer as eleições.
Toda uma estrutura, já montada, precisa se dividir em três coordenações básicas: captação de recursos, coordenação da campanha, execução de despesas. Uma assessoria jurídica, contábil e de marketing precisam estar de plantão.
É preciso identificar entre os companheiros e colaboradores, pessoas com perfis certos para as diversas funções. Em cada coordenação, criam-se departamentos, ou atribuí-se funções específicas a determinados companheiros ou auxiliares.
Coordenação de Captação de Recursos: próprios ou não, existem formalidades legais a serem seguidas. Pessoas com livre trânsito no meio empresarial e comercial, urbano e rural, devem compor esta coordenação. É aqui que se arrecada ou viabiliza os recursos suficientes para a campanha em si.
Coordenação de Execução de Despesas: é quem compra tudo, ou autoriza gastos e faz pagamentos. É uma coordenação enxuta, de acesso limitado e deve segurar as rédeas dos gastos de forma a não permitir o seu galope desenfreado. É aqui que se colocam pessoas da mais extrema capacidade e confiança. Essa coordenação deve conter gastos dispensáveis e desnecessários, mas tem de ter o cuidado de não exceder e impedir a execução de alguma ação estratégica e mais importante.
Coordenação Geral da Campanha: é a maior coordenação. Aqui são executadas todas as ações estratégicas de campanha. Existe lotação para todos os perfis de colaboradores, remunerados ou não. Criam-se departamentos diversos, como, mobilização, divulgação, eventos, agenda, e outros. Essa coordenação dá corpo e presença à candidatura, leva tudo do candidato a todos os lugares e a todas as pessoas.
PLANEJAMENTO É ESSENCIAL
Um planejamento eficaz e seu fiel cumprimento são meios certos para uma vitória consagradora no dia da eleição. Cada passo, cada tacada precisa ser minuciosamente estudado, analisado antes de ser executado. Atirada, a flecha não volta. Um estrago evitado é um passo contado. Um erro cometido pode ser vital. Os olhos devem ser direcionados para a própria campanha ao mesmo tempo para o todo, incluindo os adversários, os indecisos e aqueles que ficam alheios à disputa. E, às vezes, como no futebol, após uma rápida análise tática, a melhor defesa pode ser o ataque, ou não, e aí, como na política mesmo, a melhor defesa pode ser a defesa mesmo.
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